Medicamentos e idosos: cuidados importantes para que os resultados sejam eficazes

Veja como você pode contribuir com estes pacientes

Publicado em: 21 de novembro de 2022  e atualizado em: 10 de janeiro de 2024
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A expectativa de vida da população tem crescido ano após ano. E este avanço na idade faz com que também haja um crescimento na demanda por medicamentos. Esse movimento é extremamente natural uma vez que, pessoas acima de 65 anos tendem a apresentar mais de uma doença crônica ao mesmo tempo como diabetes, doenças cardiovasculares e pulmonares, derrame e câncer. (1)

E, justamente pelo fato de necessitarem fazer tratamentos diferentes simultaneamente, alguns cuidados extras são necessários para que os medicamentos possam ser utilizados de forma correta e segura, e para garantir que todos os procedimentos possam alcançar os efeitos desejados na saúde destes pacientes. 

Atenção redobrada

Como falamos, a utilização de medicamentos para diferentes fins exige uma série de cuidados quando o paciente é idoso. O primeiro fica por conta das interações medicamentosas, ou seja, quando um fármaco pode interferir na ação de outro. Para evitar que elas aconteçam, é extremamente importante informar aos profissionais de saúde quais medicamentos o idoso já faz uso, seja em consultas médicas ou em caso de internação. Assim, poderemos prever se uma droga poderá atrapalhar o efeito da outra. (2,3)

Outro cuidado é que, por utilizarem uma grande quantidade de fármacos, os idosos estão mais propensos a cometer erros na administração de seus medicamentos, erros que também podem acontecer quando seus tratamentos são modificados pelo médico. Por isso, ter organizado quando e como tomar cada medicamento pode ajudar a diminuir as chances de tais erros ocorrerem durante o tratamento. (2,3)

Por fim, temos a automedicação, ação definida como: “uso de medicamento sem a prescrição, orientação e/ ou o acompanhamento do médico ou dentista”. Apesar de terem a classificação de venda livre, eles não devem ter consumo livre, uma vez que um medicamento pode ser útil para uma pessoa e fazer mal a outra. E os riscos com a automedicação aumentam em idosos, pois as alterações fisiológicas do envelhecimento, como a modificação da composição corporal e a redução das funções hepáticas e renais, alteram significativamente a farmacocinética e a farmacodinâmica dos fármacos, aumentando a suscetibilidade dos idosos aos efeitos adversos ou terapêuticos mais intensos. (3) 

Dicas para cuidados extras com idosos (3)

Atenção aos horários e doses - O uso correto de medicamentos segue três pontos principais: medicamento certo, na dose certa e na hora certa, ou seja, deve seguir a posologia.

  • AcompanhanteÉ quem ajudará a entender as condutas médicas e os tratamentos prescritos, além de auxiliar no entendimento de dúvidas que podem surgir.
  • Forma correta - Apesar de ser uma prática comum, não é recomendado dividir, triturar ou dissolver os medicamentos, pois tais práticas podem comprometer o tratamento e representar grande risco à saúde, como erros na dosagem e no tempo de absorção pelo organismo.  
  • Prefira água A maioria dos medicamentos deve ser tomada com água. Outras bebidas, como o leite, podem interferir no efeito desejado do medicamento e só devem ser utilizadas quando prescritas pelo profissional de saúde.
  • Organização - Para minimizar as chances de erro no uso do medicamento, procure utilizar tabelas e caixas organizadoras. Separar os medicamentos conforme horário de cada dose (em jejum, após o café, etc) ou escrever os horários na caixa de cada um também são práticas que ajudam a evitar erros de administração. 

Para diminuir as chances de erros de administração de medicamentos, é fundamental também encorajarmos os idosos a perguntarem sempre que surgir alguma dúvida durante a consulta. E lembrá-los sempre de levarem uma lista ou os próprios medicamentos que estão em uso para que, assim, o profissional de saúde possa avaliar se estão sendo tomados corretamente. E lembre-se de nunca fazer a automedicação em idosos, antes de usar qualquer remédio é essencial consultar o médico que os acompanha. (2)

Referências: 1. Idosos são os que mais consomem medicamentos no Brasil – Pfarma – Último acesso em 13/10/2022 2. Uso consciente de Medicamentos – Eurofarma – Último acesso em 13/10/2022

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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